24 de setembro de 2010

Meu serzinho de cabelos vermelhos


...Aonde for, não quero dor

Eu tomo conta de você ♪♫

Um dia desses eu andava muito triste

Pra conseguir algo que eu queria tanto,

Acabei perdendo um mundo inteiro,

E naquele instante parecia não ter valido à pena.

Eu estava só

Foi aí, que nesse mesmo dia eu resolvi me importar menos com isso e cantar.

Cantei. E sentado à minha frente, havia um ser diferente,

Cabelos vermelhos, um olhar profundo e um interesse um tanto aparente

Aos poucos aquele ser se aproximou e a cada minuto que passava ao seu lado,

Era como se eu estivesse em um parque de diversões

Sabe quando a gente se depara com aqueles brinquedos e ficamos encantados?

Encantados com as cores, com a magia e ao mesmo tempo ansiosos para ver o que ele tem a nos mostrar?

E no fim de cada passagem a gente se sente alegre e com o estômago embrulhado?

Pois então... frio na barriga, olhos brilhando, sorriso estampado no rosto, felicidade e paz, era tudo isso que eu sentia em proporções cada vez maiores junto do meu serzinho.

Um dia de semana como todos os outros a gente se encontrou na frente do mar, queríamos ver o sol se despedindo, foi quando deitei no seu colo e tudo parou. Tudo mesmo! Não senti mais o tempo passar, nem ouvi mais barulho algum a não ser a sua respiração ali de perto, e foi como estar no céu, alto o bastante para que nenhum mal conseguisse me alcançar. Eu estava em paz.

Foram tantos risos, músicas entoadas em meio a passos, olhares que diziam mais que palavras, e aquele seu sorriso sempre ali. Preciso confessar que aquele olhar algumas vezes me deixava encucada, é terrível quando não se sabe o que se passa na mente de alguém através de olhos que ao mesmo tempo diziam tudo! Olhos quase negros que me faziam perder de tantas deduções... Até que percebi que a graça está justamente aí, em ser surpreendida em cada palavra, cada gesto, e meu serzinho sempre me surpreendeu.

Em meio à indas e vindas eu percebo que poucos são os que te enxergam de verdade. É que o meu serzinho de cabelo vermelho se camufla às vezes, é proteção, e só os que se interessam de verdade, de coração, conseguem participar da doçura da alma dele. E que doçura, que fofura! Não é exagero não, é que ele é do tipo que faz careta para os outros rirem, que sai de qualquer lugar para ajudar um amigo, que conversa e fica na sua, que alegra qualquer lugar sem nem se esforçar.

Ah meu ser, queria tanto saber te explicar o que há exatamente aqui em mim, queria ter palavras concretas, ou exemplos dignos pra que você pudesse entender, só que nem eu mesma entendo.

Sabe o que é? Eu quero ter você por perto, porque hoje eu preciso de você. Preciso das tuas bobeiras de vez em quando, daquela sua teimosia e até da pirraça, preciso do teu olhar sereno, do seu sorriso que me ilumina, preciso do teu colo de novo, e até mesmo daquele seu perfume que invade o corpo de todos. Preciso da calmaria que você me transporta. Preciso da sua amizade e de um pouco da sua atenção, preciso dos seus conselhos e cuidado, preciso do seu abraço. Quero estar do seu lado quando precisar, quero te cuidar, guardar e proteger de qualquer coisa, quero você pertinho de mim, quero ouvir sua voz quando bater saudade e sair correndo para qualquer lugar pra te encontrar. Quero você por aqui e nada mais. Ver sua felicidade me fará feliz, e sendo assim, me esforçarei também para poder contribuir... mesmo que eu tenha que decorar versos de velhos livros de rimas ou que tenha que pintar um arco-íris em todo o céu. Por você vale a pena meu serzinho.

Por favor, só não saia daqui, tem uma parte minha nas suas mãos, cuida pra mim, e a deixa assim do jeito que está, bem pertinho de mim.




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OI gente, tudo bom?
Aos poucos estou tentando voltar, considerem, minha vida está uma loucura e se eu contasse nem vocês iam acreditar.
Mas assim, estou querendo fazer umas coisas bacanas aqui para o blog e dessa vez é a vera... jah jah conto a vocês viu?
Esse texto que estou postando hoje eu fiz tem um tempinho, e só agora que coloquei, nem sei pq =x

Um beijão a todos ;)

@jessicatrabuco

20 de setembro de 2010

Corda Bamba


E talvez um dia eu sente com as crianças e conte todas as histórias que me aconteceu. Conte dos amores inventados, dos sonhos semi-realizados, das bobeiras à luz da lua, das canções e frases nuas.
E quem sabe lá na frente nada disso me comova tanto mais. E eu nem sinta dor... simplesmente prossiga e dê alguma risada lembrando de tudo que rolou.
Enquanto eu ando, meus pés parecem balançar, o chão parece uma corda bamba, como se eu pudesse cair a qualquer momento, mas aí que é a graça! Andar no imóvel é fácil, acaba rápido... Mas andar na "bamba" exige equilíbrio, manter quase firme o passo. E é isso que precisa acontecer!
Procurar o equilíbrio para não cair do alto. Sentir o vento forte e não deixar que nos leve com o seu abraço, ver a dificuldade, sentir o medo de cair mas mesmo assim achar forças para prosseguir.
E talvez lá na frente eu sinta um frescor no rosto e orgulho por ter conseguido atravessar a corda, e tenha uma quase saudade das complicanças do meu ser "eterna criança".
E dizem que anjos palhaços só se satisfazem com o sorriso do outro, com a sua alegria... E eu já devia ter acostumado com o "só isso" que na verdade é muita coisa, só que o meu eu ainda não conseguiu ver.
Vou andando, cambaleando pela corda bamba da vida, sem me deixar cair, sem deixar a alegria de sentir, sem fazer o outro parar de sorrir... Não posso parar, muito menos voltar.
Deixarei meu passo ir um depois do outro e meu coração na minha mão, respirando um pouco. Vou curar suas feridas e deixá-lo falar sem que eu insistas em fazê-lo amar assim, tão depressa.

17 de setembro de 2010

Milagres...


A gente vive esperando um milagre na vida, e esquece que milagres acontecem todo dia, a todo momento.
É verdade que muitas coisas no fazem e continuarão nos fazendo chorar... mas sempre passam, ameninzam, "seca a ferida".
Enquanto outras coisas estão constantemente conosco, nos fazendo um bem danado e nem nos damos conta.
Só de acordar, de ver o mar, de poder cantar, atuar, sorrir, chorar...
Tem pessoas que vivem a vida pintando sorrisos nos rostos das pessoas, já viu? É... Sempre palhaços! Mas como não falar deles se hoje, foram eles que me salvaram? Hoje, no caminho da faculdade vi uma pequena multidão rindo diante de três palhaços... E como não sorrir diante de anjos?
Estou em falta aqui.. e dessa vez o post é bem pessoal. Só queria contar a vocês algo que eu aprendi: nunca deixem de acreditar, nunca deixem de ser vocês, nunca deixem de ver os verdadeiros milagres da vida. Acreditem na magia, na fantasia...
Há coisas que fazem valer a pena viver.
Acreditem...
Milagres acontecem todos os dias!

10 de setembro de 2010

Ter ou não ter namorado? Eis a questão..

Hoje, não vou escrever nenhum conto, nenhuma história ou poesia... vou deixar aqui um texto que me mandaram outro dia.
Texto de Carlos Drumond de Andrade, leiam e pensem bem !

TER OU NÃO TER NAMORADO? EIS A QUESTÃO




Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhações, pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa, ou filosofia.

Paquera, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger, quando se chega ao lado dele, a gente sua frio, treme, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou até mesmo de aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter nenhum namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia com vontade de variar sorvete ou largatixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora do filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinicius de Morais ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete inter-planetário.

Não tem namorado que não gosta de dormir agarrado, fazer sesta abraçado, fazer compras junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amar, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhado de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não descobre a criança própria e a do próprio amado e sai com ela pelos parques fliperamas, beira d´água show de Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical do Metrô.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar, quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou ao meio dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz cedo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, quem não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado é porque ainda não descobriu que o amor é alegre e você vive usando duzentos quilos de medos. Ponha a saia leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas de ternuras e escove a alma com leve fricções de esperança. De alma escovada e coração estourado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com o gosto de caqui e sorria lírios para quem passe embaixo de sua janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fadas. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual fazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.

Carlos Drumond de Andrade



me sigam: @jessicatrabuco

4 de setembro de 2010

Cansei


Resolvi dar um tempo pra mim..
Tempo para que eu mesma possa me entender e conhecer tudo que se passa por aqui.
Cansei de gente falando o que quer sem se preocupar, cansei de ouvir discursos opinativos sobre quem devo ser, cansei de repulsas, preconceitos, expressões errôneas sobre algo que nem se conhece direito.
CANSEI!
E que o tempo me venha como remédio para curar todas as feridas: daqueles que se foram sem nem dizer adeus, dos que estão e me arranham, dos que não querem estar, dos que dizem me amar...
E o amor hein? Acho que cansei de entendê-lo também...
Cansei de tentar encontrar respostas para tudo, cansei de procurar a peça que falta no quebra-cabeça... deixa estar.
Assim tentarei ver o amanhã como só mais um dia, sem muitas expectativas, talvez assim eu me surpreenda mais.
Focar no que tem que ser prioridade, nos amigos também e na família... e o amor, se quiser pode vir me encontrar, sabe onde eu vivo, onde estudo, onde costumo ficar.
Vou sair por aí.. sumir.