- Eu não acredito no amor.
Ela continuava com aquele mesmo ar misterioso, simples e sensual. O cigarro entre os dedos e aquela fumaça que parecia dar um nó em mim.
- Eu duvido muito. Impossível não acreditar no amor, ele é como o oxigênio.
Ela riu e logo começou a gargalhar.
- Não entendendo você, por um minuto eu achei que...
- Que eu estaria apaixonada por você?
Uma pausa, eu baixei os olhos envergonhados.
- É isso que todos querem achar, que há alguém no mundo apaixonado por você. Não é tolice? Um simples olhar profundo e um sorriso conseguem mudar a felicidade de alguém nem que seja por meros minutos.
E ela tinha mesmo mudado a minha, tinha a deixado mais completa por uns instantes.
Ela continuava lá, intocável.
- E não seria melhor ter essa felicidade por mais tempo?
- Ela não é o bastante.
Ela me olhou fria e continuou.
- Essa felicidade um dia acaba meu jovem escritor sonhador. É sempre assim! Seja pela morte, por uma dama mais bonita, seja pela falta do dinheiro. E a dor que se sente ao acabar o “encantamento” é a pior dor do mundo.
Ela parou de falar e olhou para o chão. Seu chapéu cobria quase seu rosto todo, sua pele era branca feito a neve. Ela me deu às costas e estava indo embora.
- Me dê apenas uma noite para te provar o contrário!
Eu gritei, desesperado.
Ela parou, no fim da rua, virou e balançou a cabeça.
- Se quer o meu amor, precisa de muito dinheiro para comprá-lo, e você não tem.
Foi a última vez que vi o diamante cintilante
ps: Rá, já estou melhor o/
Esse conto aí de cima me veio do nada, e foi meio que inspirado no filme Moulin Rouge, um musical bem bacana.
Vou indo ver os blogs de vocês :)
Um beijão e muito obrigada pelo carinho de sempre !