27 de junho de 2010

Vim falar das dores


Hoje eu poderia falar da dança debaixo de chuva, do menino correndo com a corneta na mão, poderia falar das rizadas, do 'destrambelhamento', de qualquer outra coisa que me aconteceu, mas não.
Hoje não vim falar de flores e de amores.

Hoje eu tô assim, tão cheia de mim e ao mesmo tempo vazia.

Não sei se é a doença iminente que está me deixando sem graça, mas sabe quando você espera algo, todos comentam e quando você está lá, prestes a abrir o presente, percebe que não é aquele que você esperava?
E se for?
Ah... eu tô com medo! Medo do que eu vou ouvir e ver, medo do que posso perder... mas não é melhor perder do que nunca ter?
Vai saber.
Eu quero correr... correr sem olhar pra trás, sentir os pés tocando o chão e me levando pra bem longe de qualquer lugar. Correr até não aguentar mais, e quando eu não conseguir mais delizar, eu quero me jogar no chão e olhar para o céu, gritar bem alto e ser eu.

Você já se perguntou o quanto você é você mesmo no seu dia? O quanto faz o que quer, o quanto diz o que pensa, o quanto é simplesmente por ser?
As vezes me sinto tão presa em mim. Por que isso se o que está aqui dentro se mostra tão bonito?

Que se dane os conceitos e os preconceitos também. Que se dane a arrongância, a ganância, o rancor, o orgulho... que só me sobre o amor. A paz no coração, a alegria de se ter irmãos... a música, a arte e a poesia.

Que sobre as coisas boas, que o resto não tenha mais serventia.

Hoje eu vim falar da dor... da dor que se forma sem ter forma. Se forma sem porquê, que nos impede de viver.
Ela vem assim, não pegunta nada, e dói, simplismente dói.

"Poderia ser tudo flores, mas me deixaram os espinhos nas mãos e jogaram as pétalas no mar.
Pelo menos está no mar, ainda as posso encontrar. Eles não sabem, mas o mar é meu padrinho."
(Jéssica Trabuco)

12 de junho de 2010

Ah!



"Não quero ver Tv nessa janela, não quero ficar preso nela"
(A Janela - O Círculo)

Se eu gritar bem alto tudo o que estou sentindo, os que me ouvirem virão ao meu encontro para me acudir?
E se dessa vez eu não deixar pra mim e falar tudo... TUDO! Tudo aquilo que me dói, toda aquela vontade de ser mais eu, todos os meus planos, todos os meus sonhos, será que me compreenderão?

Não quero ser taxada de louca sonhadora e só. Quero que me entendam, que compreendam que eu também sou um ser vivente, pensante, que por isso tem suas próprias vontades, quer criar seus próprios caminhos.
Como dizer que meu caminho não é o que você quer, se você já sabe isso e finge não acreditar?

Não queria sair de perto, não queria sair assim...
Mas o que adianta viver desse jeito se no final nenhum de nós está feliz?
Porque EU quero ser feliz.
E a minha felicidade eu já sei onde encontro.
E é tão simples... Tão fácil!
Não venha querer complicar o que pra mim já está exato, não venha querer me arrancar aquilo que sou.

Eu já sei andar, ainda não percebeu? Eu já crio coisas, já tenho histórias... Meu muro já está de pé e a cada dia que passa está tomando forma. Será que não percebe? Não vê que eu já tenho uma vida, vida da qual está tão longe... e a culpa é sua. Se fez um ser frio, que vem me falar sempre à procura de erros e falhas, de histórias escondidas; e eu sou muito mais que isso. Sou feita de erros sim, mas minhas histórias estão aqui, estampadas na minha cara, elas que me fizeram assim.

Mas você não vai entender...
Não consegue perceber a riqueza nisso tudo, a beleza de ser exatamente quem somos.
Desculpa, mas o meu caminho é logo à frente.

2 de junho de 2010

Pra te dizer...


Tem coisas que eu preciso te dizer, ainda não sei quais devem ser as palavras certas, mas tô aqui disposta a arriscar, só para que você saiba o que se passa dentro de mim.
Eu só preciso dizer que adoro vc...
É! Até aquela sua mania irritante de dizer e achar que o seu time é melhor que o meu... Aquele seu jeito empolgado falando das vitórias antigas do seu time e aquele seu tom zombado me perguntando quantas estrelas eu tenho. E sabe quando você olha nos meus olhos? Você fecha eles e abre lentamente em direção aos meus e eu não consigo dizer mais nada. É como se você me roubasse todas as palavras, e por mais que eu tente, eu não consigo desviar... Só quando a minha timidez me impede.
E eu adoro rir com você... Parece que todas as histórias engraçadas se tornam ainda melhores... E aquela sua risada gostosa enche o meu coração de alegria, por vezes já me peguei observando você enquanto ria, maravilhada com aquela sua felicidade tão pura.
E eu preciso confessar que ainda tenho dois dos três papeis dos chocolates que você me deu, guardo eles na minha agenda, e de “tempos em tempos” eu to olhando pra eles lembrando de como tudo aconteceu. E sabe o livro que você me emprestou? Ainda estou lendo ele, estou lendo lentamente cada verso, porque tendo ele nas minhas mãos eu sei que ainda verei você.
E sabe uma coisa que percebi? Eu amo aquele perfume q você usava não é? Mas aí quando você voltou a usar o seu perfume mesmo, eu percebi que o cheiro que eu amo de verdade, é o seu... O da sua pele, independente do perfume que esteja usando.
E sabe o que eu sinto quando você toca nas minhas mãos, ou quando estou nos seus braços? Me sinto a menina mais segura do mundo. É como se nada pudesse me atingir! As dores vão embora e só ficam coisas boas, e quantas vezes eu pedi baixinho a Deus que parasse o tempo pra que eu pudesse estar sempre assim com você.
O mais estranho, é que te conheço a tão pouco... e meu coração já pula de alegria ao te ver e fica triste quando está longe de você.
Não sei classificar ao certo o que há aqui... paixão sim.... talvez amor? Quero descobrir...!
Tenha certeza de uma coisa! Quero estar do seu lado pra sempre te fazer sorrir.