22 de outubro de 2010

15 de novembro de 2009


Eu nunca fui boa com essas coisinhas.
Sempre me dei bem com palavras.
Mas desenhos? Ah.. desenhos!
Nunca achei que serviria para ser como aqueles românticos.
Florzinhas e corações, ver o mundo cor de rosa!
Dá para acreditar?!
Foi aí que eu, a menina das palavras, perdi a fala com um simples olhar, falei de amor e escrevi poesias.
O meu mundo? Multicolorido.
Fui mais boba "que o palhaço do circo vostoque".
O amor foi embora mas a poesia ficou.
Vi que o amor não é só daqueles de um casal apaixonante.
E independente da dor de outrora, ele vai renascer.
E sigo vivendo, com a poesia de alguém.
Sei falar de amor, da dor e meu mundo continua com cor.
Quem diria, que aquela menina das palavras, um dia perderia a fala.



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E aí meu povo, tudo bem? Ah.. esse texto é antigo... de 15/11/2009, lembro exatamente em que situação escrevi ele, e é engraçado me deparar com ele agora. Achei-o na arrumação para a casa nova. Tudo deve ter um motivo não é mesmo?
Obrigada pelos comentários, vocês são sempre uns fofos... Vou agora dar uma olhadinha no que vocês escrevem ;)
Beijo....

@jessicatrabuco

16 de outubro de 2010

Seguir em frente



E se for saí por aí, não se preocupe com o que vão dizer sobre a estrada que escolheu.

Só você sabe e entende a magia de pisar na terra que tu escolhestes, de olhar e ver ao redor os seres encantados que se sente bem em estar perto.
Não, eles não vão entender.
quem é como você saberá, e seres assim são muito raros.
Não se preocupe com o pré julgamento de alguns, eles não sabem o que significa esse amor, não entendem porque você não pode amá-los assim também, como se o amor fosse algo que a gente pudesse escolher por quem sentir.
Siga seu caminho, vá em frente, que a felicidade está no meio do caminho e andará contigo lado a lado.


@jessicatrabuco

9 de outubro de 2010

"Natasha"

"Dezessete anos e fugiu de casa
Às sete horas da manhã do dia errado
Levou na bolsa umas mentiras pra contar
Deixou pra trás os pais e namorado
Um passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar.
Pelo caminho garrafas e cigarros
Sem amanhã por diversão roubava carros
Era Ana Paula agora é Natasha
Usa salto quinze e saia de borracha
Um passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar.
O mundo vai acabar
E ela só quer dançar"
(Natasha - Capital Inicial)





Era ela mesma, aquela mesma menininha que você ensinou a andar, falar, correr e até mesmo a andar de bicicleta.
Aquela para quem você contou histórias, que te fez chorar à primeira vez que a viu.
A que te mostrou que o amor é muito maior do que se passa nos filmes.
Aquela que você queria que fosse perfeita, a que você fez planos e ensinou as coisas que você achava que era mais certo.
A menina que você colocou na aula de balé, no curso de francês e ensinou a desfilar.
Aquela que não cometeria os mesmos erros que você, a que seria perfeita.
Mas aí, a menina cresceu, e assim como você, fez suas próprias escolhas
E decidiu sair por aí, correr o mundo à fora
Antes ser um forasteiros que um robô.



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Nota: Desde que acordei hoje pensei em construir algum texto que fosse relacionado à essa música de Capital Inicial. Sempre me senti muito à vontade ao ouví-la. E aí, saiu esse texto, que, não sei o motivo real, mas me parece ter saído da alma. Gostei dele, não sei vocês... rs
Queria saber se tem alguém interessado em escrever em um outro blog, preciso de alguém para escrever semanalmente. Alguém? rs..
Um bom fim de semana para todos vocês, um beijo cheio de dêndê :)

@jessicatrabuco


3 de outubro de 2010

Esperando


Era uma rua vazia, assim como eu naquela varanda sozinha
Eram 2h ou 3h da manhã e mais uma vez eu estava lá
Não sabia o que me tirava toda noite da cama e me fixava naquele cantinho da minha casa, pensativa, reflexiva, como se estivesse esperando algo acontecer
Era quase sufocante ficar deitada enquanto eu via lá no céu a lua e as estrelas a brilhar, ouvia o vento passar e sentia aquele frio passando e arrepiando a minha pele
Dentro do quarto eu deixava aquela mesma música tocando, aquela que você me mandou logo após que nos conhecemos...
É... talvez eu soubesse sim o que me levava àquela mesma varanda todo dia... era a esperança de te ver passar por lá de novo, assim como daquelas vezes que você jogava aquela pedrinha na varanda e gritava no meio da noite que precisava me ver, que estava com saudade e que me amava, junto com aquelas rosas de plástico na suas mãos.
Rosas de plástico! Custei a entender o por quê de você me dar elas... de plástico?! Ah... mas você sempre me surpreendeu e me mostrou algo diferente. Você mesmo me explicou quando viu minha cara de assustada: "Não queria te entregar algo que morresse, por isso de plástico, é só um símbolo do meu amor, estará sempre aqui."
Mas você foi embora, foi para longe, e já não sei quando voltará.
É claro, não poderia impedir que você fosse atrás do seu sonho, dos seus estudos, da sua estabilidade. Mas, queria ter sido mais egoísta, porque você se foi e levou contigo o que me fazia respirar. E já nem sei mais acordar sem sentir a sua respiração perto da minha, e olhar nos seus olhos castanhos avermelhados tão magnificamente simples... Assim como suas palavras, que eram sempre ditas na hora exata, ou então aquela sua gargalhada estrondosa que por vezes me fez corar quando estávamos no meio de um restaurante ou na última sessão do cinema.
Já fazia uma semana, pode parecer pouco para qualquer outro ser, mas para mim, uma mulher amante e apaixonada, parecia uma eternidade, e eu ainda não acreditava.
Dei mais uma tragada no meu cigarro, e lembrei de quando você roubava ele no final e jogava longe só para me ver irritada, sorri sozinha e fechei a porta da varanda.
Desliguei o som, tirei as sandálias e deitei, pedindo a Deus para te trazer de volta logo.
Fechei os olhos.
Toc Toc
Acordei assustada com um barulho vindo da minha janela, corri para varanda de novo, e mal acreditei quando te vi alí debaixo, com aquela rosa na mão.
Sorri feliz de novo, sem entender...
"O que está fazendo aí?"
"Voltei, não consegui"
"Não conseguiu o quê?"
"Viver sem meu ar, sem minha vida"
Tenho certeza que minha cara foi a mais boba do mundo
"Deixa eu entrar, estou com saudade de você meu amor, te amo"
É, Deus ouviu minhas orações, mais rápido do que eu imaginava.