10 de junho de 2015

Acho que vou pra lua


Eu vou embora daqui, outro planeta que me possa refugiar, 
De todas as angústias de minha alma e da teimosia de quem não consegue deixar de ser quem é
ou pode ser até a lua,
Mesmo que em poeira, misturada com a areia da praia
Mesmo tão comum, ainda quer ser diferente
Não consigo respirar com o coração tão apertado
Mal consigo me mover, de tanto medo
Nem dá para sonhar, muito menos acreditar
A culpa pode mesmo ser minha, quem mandou sonhar demais?
Não reconhecer que a vida é menos e não mais?
Que sou um ponto vermelho que pisca no monte de gente cinza?
Não sei mais!
Mas algo mudou, e eu não sei mais para onde vou
pode ser até a lua
de lá talvez eu consiga enxergar que nada é tão grande, nem tão pequeno, que não possa significar
acho que vou pra lua

Sou do mar


Eu sou do mar

Do rio
Das águas
De Iemanjá
De oxum
De Deus,
Dos meus serzins
Eu sou o mar
Revolto, calmaria
Profundo
Cheio de ondas
De afins
Eu sou filha do tempo
Filha da lua também
Sou mais forte na dor
Sorrio com amor
E vou navegando
Vou navegar
Nunca parar
De nadar