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9 de outubro de 2010

"Natasha"

"Dezessete anos e fugiu de casa
Às sete horas da manhã do dia errado
Levou na bolsa umas mentiras pra contar
Deixou pra trás os pais e namorado
Um passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar.
Pelo caminho garrafas e cigarros
Sem amanhã por diversão roubava carros
Era Ana Paula agora é Natasha
Usa salto quinze e saia de borracha
Um passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar.
O mundo vai acabar
E ela só quer dançar"
(Natasha - Capital Inicial)





Era ela mesma, aquela mesma menininha que você ensinou a andar, falar, correr e até mesmo a andar de bicicleta.
Aquela para quem você contou histórias, que te fez chorar à primeira vez que a viu.
A que te mostrou que o amor é muito maior do que se passa nos filmes.
Aquela que você queria que fosse perfeita, a que você fez planos e ensinou as coisas que você achava que era mais certo.
A menina que você colocou na aula de balé, no curso de francês e ensinou a desfilar.
Aquela que não cometeria os mesmos erros que você, a que seria perfeita.
Mas aí, a menina cresceu, e assim como você, fez suas próprias escolhas
E decidiu sair por aí, correr o mundo à fora
Antes ser um forasteiros que um robô.



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Nota: Desde que acordei hoje pensei em construir algum texto que fosse relacionado à essa música de Capital Inicial. Sempre me senti muito à vontade ao ouví-la. E aí, saiu esse texto, que, não sei o motivo real, mas me parece ter saído da alma. Gostei dele, não sei vocês... rs
Queria saber se tem alguém interessado em escrever em um outro blog, preciso de alguém para escrever semanalmente. Alguém? rs..
Um bom fim de semana para todos vocês, um beijo cheio de dêndê :)

@jessicatrabuco


22 de agosto de 2010

Eu vou atrás, não vou ter medo ♪♫

"Eu vou tentar mais uma vez
Eu vou atrás, não vou ter medo
Eu vou bater, eu vou entrar
Eu vou chegar mais cedo mais uma vez"
(Pianinho - Esteban)


Acho que ninguém entende ao certo o termo felicidade. Seria ÓTIMO se realmente fosse algo que está alí guardadinho pra gente e que não é necessário nenhum esforço, nenhuma luta. Mas, me diz, qual a lógica de "ganhar na loteria sem ter apostado"?
Qual a lógica de viver sem ter se arriscado?
É incrível como nessa busca atrás da felicidade a gente descobre muitas coisas... a gente descobre quem são aqueles que realmente estão do seu lado, descobre em quem pode confiar, descobre quem vale a pena e chora por estar longe de quem nos faz bem.
O que eu ainda não entendo é porque é tão difícil... Sabe quando desde criança as pessoas colocam um peso nas suas costas de ser a pessoa perfeita e você acaba carregando isso a vida toda?! É legal ser uma pessoa direita, "certinha", o ruim é quando você começa a fazer coisas diferentes, e aí o mundo todo cai em cima de você, sem perguntar motivos, porquês, só acreditam que se você está fazendo algo diferente do que costumava fazer, você é uma pessoa ruim que vai "ficar na merda".
Cansei de explicar, de gastar palavras que parecem não ter mais crédito para algumas pessoas. Vou deixar para que o tempo revele o que está realmente acontecendo, para que o tempo me mostre lá, feliz do jeito que tiver que ser. Talvez assim percebam o que está 'rolando' aqui...
Enquanto isso eu vou atrás das coisas que me fazem bem... Quem faz parte da minha vida entende.




15 de agosto de 2010

Até que ponto os jogos eltrônicos influênciam na vida pessoal?


Vivemos na era da tecnologia, onde as brincadeiras de crianças não giram em torno só do futebol, boneca ou pique-esconde. Hoje temos os jogos eletrônicos juntamente com a internet.
Cada vez mais cedo as nossas crianças aprendem a utilizar estes "meios de diversão", e até se pode dizer que, ao nascer, os bebês já saem com um computadorzinho de mão.
Mas até que ponto podemos achar isso um avanço inocente?
Assim como a televisão, os jogos vão evoluindo, e a cada dia que passa, jogar esses jogos não é só uma diversão mas, é um meio de viver uma outra vida, em um outro mundo, onde você pode ser o que quiser sem que ninguém te julgue ou te critique. O perigo nisso é que os jogos nem sempre são inofensivos. Ultimamente o que se pode observar é que os jogos mais acessados, jogados e procurados são aqueles que apresentam violência, sexo e linguagem obcena (mas o que mais pesa mesmo são os de violência).

“As vítimas não são apenas esmagadas pelos pneus do seu carro, com sangue jorrando no pára-brisa

— elas ficam de joelhos e imploram piedade, ou se suicidam. Se quiser, você também pode arrancar-lhes os membros.

(Uma sequência de jogo foi descrita assim)

Já foram relatados em jornais do mundo todo casos onde crianças e adolescente cometeram atos ílicitos graças a influência de jogos eletrônicos. Mas nesse caso, o problema não está com essas pessoas?
As vezes sim, as vezes não. Na verdade, existem pessoas que são mais propícias a cometer determinadas coisas do que outras, mas esses jogos acabam que acostumando as pessoas à violência, o que passa a ser normal para elas mesmo que de forma despercebida.
Assim como filmes, séries de Tv, os jogos eletrônicos tem que ser vistos de modo frio... De tal maneira que se possa distinguir a realidade da imaginação. Em alguns lugares os jogos tem classificação etária, e isso ajudaria muito se fosse seguido à risca, mas como sabemos isso não ocorre e eu, por exemplo, aos 10 anos jogava um jogo para adolescentes de 16.
Com seus prós e contras, devemos nos preocupar em estar dando a dose certa de cada coisa para aqueles que serão o futuro da nação.

"A televisão nos torna espectadores da violência; os jogos eletrônicos nos fazem participar dela"

ps: hoje estava na praia com mais três amigos e eles começrama essa discussão, achei interessante e resolvi postar. Deixem a opiniao de vocês também que assim a gente aprende mais.

@jessicatrabuco >> me sigam! :D

12 de junho de 2010

Ah!



"Não quero ver Tv nessa janela, não quero ficar preso nela"
(A Janela - O Círculo)

Se eu gritar bem alto tudo o que estou sentindo, os que me ouvirem virão ao meu encontro para me acudir?
E se dessa vez eu não deixar pra mim e falar tudo... TUDO! Tudo aquilo que me dói, toda aquela vontade de ser mais eu, todos os meus planos, todos os meus sonhos, será que me compreenderão?

Não quero ser taxada de louca sonhadora e só. Quero que me entendam, que compreendam que eu também sou um ser vivente, pensante, que por isso tem suas próprias vontades, quer criar seus próprios caminhos.
Como dizer que meu caminho não é o que você quer, se você já sabe isso e finge não acreditar?

Não queria sair de perto, não queria sair assim...
Mas o que adianta viver desse jeito se no final nenhum de nós está feliz?
Porque EU quero ser feliz.
E a minha felicidade eu já sei onde encontro.
E é tão simples... Tão fácil!
Não venha querer complicar o que pra mim já está exato, não venha querer me arrancar aquilo que sou.

Eu já sei andar, ainda não percebeu? Eu já crio coisas, já tenho histórias... Meu muro já está de pé e a cada dia que passa está tomando forma. Será que não percebe? Não vê que eu já tenho uma vida, vida da qual está tão longe... e a culpa é sua. Se fez um ser frio, que vem me falar sempre à procura de erros e falhas, de histórias escondidas; e eu sou muito mais que isso. Sou feita de erros sim, mas minhas histórias estão aqui, estampadas na minha cara, elas que me fizeram assim.

Mas você não vai entender...
Não consegue perceber a riqueza nisso tudo, a beleza de ser exatamente quem somos.
Desculpa, mas o meu caminho é logo à frente.

22 de março de 2010

Resolvi falar de mim


Resolvi agora falar de mim
É mais fácil quando a gente olha e simplesmente descreve o que acontece à nossa frente, mas falar de coisas que nós nem mesmo compreendemos de verdade, é a coisa mais difícil a ser feita.
Eu sou meio assim, uma menina sonhadora, que tem medo de barata, e sonha que é encantada.
Acredita em príncipes e no castelo, tem medo do medo.
Dizem que sou bonita, não sei, mas não sou das mais feias.
Meus olhos me entregam, mesmo que eu tente mentir eles estarão lá alertas dizendo o que na verdade eu escondo.
Acredito nas palavras, sei das suas forças e as uso sempre que posso.
Às vezes me sinto fraca, e me pergunto se poderei mesmo conseguir.
Outras vezes me surpreendo com a minha força de simplesmente prosseguir.
Sou meio menina, meio mulher.
Sempre trago um sorriso no rosto mesmo que por dentro a dor me fira, sou completamente desastrada e é raro eu não quebrar alguma coisa ou não me melar quando estou comendo, sou meio boba e faço qualquer coisa pra ver os que amo sorrindo.
Amo cantar e nem ligo quando me olham torto na rua quando me ouvem cantar com os meus fones do ouvido.
Sou meio roots, amo tocar meu violão, amo ver o mar, amo a lua, amo escrever...
Às vezes acho que sou hippie, e tem dias que sou meio do rock in rool.
Faço malabares com bolinhas vermelhas que são mais que especiais pra mim.
Sou menina que sabe o que é amor, e por mais que o tempo passe ele estará aqui.
Sou do tipo de menina que quando tá com raiva diz que faz e acontece, que não vai perdoar, mas na hora, meias palavras me convencem e eu percebo como TODO mundo erra, e que a próxima pode ser eu.
A-M-O a minha família, mesmo que às vezes pareça que sou meio distante, mas não sei o que seria de mim sem cada um deles.
Sabe uma das coisas que eu mais queria? Voar. É, porque assim eu conheceria o mundo, usando a minha mochila nas costas, veria como tudo foi tão perfeitamente criado e me sentiria livre. Sempre quis ser como um pássaro para poder sentir a sensação de estar nas alturas, sentindo o vento tocar o seu rosto.
Sou verdadeira, e isso mesmo quando a verdade vai me custar à vida. Quando acredito nas coisas eu luto por elas, sem medo, sem pensar duas vezes.
Acho que quando “sou” sou pra valer sabe? Amiga, namorada, irmã... Qualquer que seja.
Não sei desenhar, já tentei, mas meus rabiscos não conseguem fazer uma forma normal, até as minhas letras se transformam em rabiscos mal desenhados, mas nelas eu insisto, porque escrever não é só um gosto, é uma necessidade que existe em mim, e se eu teimar eu não fazer, as palavras escorrem pela minha boca e pelos meus dedos.
Vejo estrelas que brilham mais, que caem do céu, vejo forma nas nuvens.
Fico feliz com coisas pequenas, porque sei que elas se tornam grandes.
Faço pedidos aos céus, e o mar e lua são MESMO os meus padrinhos.
Um simples chocolate já me faz voltar a ser criança, e, por favor, não olhe pra mim por muito tempo, eu sempre fico sem graça.
Não sou certa em tudo, e erro sempre.
Tento tirar da vida lições, e não importa o que aconteça ou o que me digam eu sempre serei eu.
Tudo bem que as vezes dá uma certa canseira de mim, mas eu, no fundo gosto de ser exatamente o que sou.
Não sou a melhor, nem a pior, mas de tudo faço a minha parte.
Me chamam de boba, distraída, sonhadora... Mas e daí? Se o meu mundo está colorido assim o que me importa o que os outros acharão?
Serei feliz do meu jeito e no final não me arrependerei de não ter feito.
É, sou eu.

18 de março de 2010

Cabra marcado para morrer


RESUMO


Em fevereiro de 1964 inicia-se a produção de Cabra Marcado Para Morrer, que contaria a história política do líder da liga camponesa de Sapé (Paraíba), João Pedro Teixeira, assassinado em 1962. No entanto, com o golpe de 31 de março, as forças militares cercam a locação no engenho da Galiléia e interrompem as filmagens. Dezessete anos depois, o diretor Eduardo Coutinho volta à região e reencontra a viúva de João Pedro, Elisabeth Teixeira -- que até então vivia na clandestinidade -- e muitos dos outros camponeses que haviam atuado no filme antes brutalmente interrompido. (Leia o artigo todo aqui)



Na minha faculdade (Faculdade 2 de julho), há um projeto bastante bacana voltado para as áreas de comunicação social: o cine em debate. E ontem (17/03/2010) teve a abertura do projeto nesse semestre com o documentário de Eduardo Coutinho: Cabra Marcado para morrer.
O documentário é antigo como mostra o resumo aí em cima, e foi criado com o intuito de contar a história de João Pedro Teixeira, em 1964, mas as gravações foram interrompidas (à força) e em 1984 foi terminado.
Confesso que me surpreendi com o documentário. No começo eu não esperava muitas coisas. Mas ao longo dos minutos, quando fui percebendo a história de quem era contada meus olhos vidraram no telão e minha mente e coração ficaram cheios de lições.
A história é de um homem simples, camponês, que lutava pelos direitos da sua comunidade, homem que não se contentava em viver injustiçado, cidadão ativo, inventor de idéias.

Este homem foi ameaçado várias vezes pelos administradores, mas ele não esmoreceu! Como disse a sua viúva, Elizabete Teixeira, ele era firme, acreditava na luta!

"... posso até morrer lá na bala, mas é melhor do que morrer aqui de fome" (João Pedro Teixeira)


Em meio as cenas eu me perguntei: E eu? O que EU estou fazendo?
Poxa, um homem simples, mas que dava o seu melhor, fazia a diferença, mesmo caçado, ameaçado, ele não desistiu.

São nessas horas que me sinto acomodada, uma cidadã passiva.

Nessa sociedade, se quisermos algo melhor, temos que dar o nosso melhor, temos que fazer a diferença, assim como esse homem fez. Lutar, sem esmorecer, questionar, ser inventor de idéias...


E você? O que está fazendo?


@jessicatrabuco
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