27 de setembro de 2015

Um papo honesto sobre o amor



O café estava forte demais, mesmo para quem queria esquecer a noite anterior

Tudo bem que não lembro de nada depois das últimas três (3) doses de tequilas e da minha dancinha estilo ragatanga em cima do balcão, mas com certeza veio coisa pior.

Há cerca de um ano eu mixei à minha vida de professora dedicada, e de pesquisadora, uma dose de tequila, música eletrônica e beijos na boca. Está bem, rolava aquele sexo casual, mas não quero focar nele aqui.

A questão é o seguinte, são 7h da manhã de um domingo, e fui obrigada a acordar cedo, porque logo mais tenho um congresso importante, onde falarei de um livro; e enquanto tento acordar, aos goles desse café quase intragável, me lembrei de como eu era tão abobadamente “feliz” com meia dúzia de coisas, anos atrás. Era só um sorriso que me fazia me sentir corajosa demais. Um aconchego, para me deixar em paz.

Quando foi que colocaram no nosso manual de fabricação que precisamos de um amor desses bem fru fru para nos sentirmos completas?

Eu sentia sim.
Mas me faltava algo muito maior. Eu via tudo a minha frente, mas não me enxergava. Quem era eu? Não sei! Apenas alguém que sonhava e sentia demais, e esqueceu seu nome no meio da estrada. Nem as fagulhas de pão no meio da floresta me ajudaram a me reencontrar.

E aí que está: Eu era mesmo feliz? 

Todos precisamos de um amor, sim. Está mesmo no nosso manual de fabricação. Mas o que a gente deixa passar despercebido é o seguinte: o amor maior, precisa ser o a você mesmo. Depois disso, de se reconhecer, de se conhecer e de se entender – de se amar e cuidar como você é feliz; aí sim poderá amar alguém verdadeiramente, tendo, acima de tudo, um relacionamento saudável e feliz.

Porque venhamos e convenhamos: onde está o saudável em não se amar a ponto de se deixar de lado de uma forma tão feroz que o outro, ao seu lado, começa a perder o brilho nos olhos?
Se a gente não se amar, aprender que somos um presente especial do papai do céu, ninguém nunca poderá nos amar, não completamente.

É uma matemática fácil: o amor por você + o amor do outro por ele mesmo + o amor dos dois pelos dois = felicidade. 

E assim, em meio a uma separação dolorosa, onde eu praticamente perdi meu coração, vim aprendendo a me amar, a viver precisando mais de mim do que do outro. E olha, vou te dizer, a experiência tem sido fantástica. Se amar é diferente de egocentrismo, ta? Se respeite e ponha os pés no chão, que o resto vem. Inclusive o amor, daquele que dizem que é para vida toda. Aí, nesse momento, você poderá ver o outro de uma maneira melhor, e o amor fluirá de uma maneira mágica.

T-E-N-T-E!  

25 de setembro de 2015

Família é o que? A-M-O-R Senhores Deputados!


Ontem, dia 24 de SETEMBRO de 2015, um fator histórico de intolerância e alienação ocorreu: foi aprovado na Câmara dos Deputados o “estatuto da família”, que dá certos benefícios e cuidados à família brasileira, que para o estatuto, só pode ser constituída de PAI, MÃE e FILHOS. 

Não é uma piada, é sério! Por mais difícil que seja acreditar nisso, dos 17 deputados em questão, apenas 5 votaram contra esse absurdo. Porque, a maioria dos presentes na votação, presidida pelo querido Eduardo Cunha, era composta por políticos da base evangélica, o que incluiu a presença ilustre do Sr. Marcos Feliciano.

Até quando vontades pessoais serão o motivo de tomar decisões no nosso país? Quando o direito do povo, sem parcialidades, será defendido? Esse estatuto foi feito baseado em crenças religiosas e NÃO NO DIREITO CIVIL! 

Somos um estado laico, e não podemos generalizar ou criar leis, ou estatutos, baseados em uma religião ou outra. É ridículo! Demos cinquenta passos para trás, e continuaremos assim, se não nos mobilizarmos. 

O que define família é a relação afetiva que há. É o amor, o carinho, o zelo. O coração! Quantas mães criam seus filhos sozinhas? Quantos pais fazem o mesmo? E quantas crianças são abandonadas na rua ou em abrigos sociais após serem rejeitadas e violentadas pelos seus geradores?

É uma enorme hipocrisia essa luta pela “moral e bom costume”, enquanto, por debaixo dos panos, o que mais se vê é corrupção e roubalheira! Moral e bom costume, meus caros, é amor ao próximo e não ao dinheiro

Todo e qualquer cidadão tem o direito de ser casar e constituir sua família, SIM! Muitos já são assim... Quer dizer que a família deles não existe? Casais homossexuais não só podem como estão formando suas famílias, e vão muito bem, obrigada.

Você não tem que aceitar a homossexualidade, a questão não é essa. Cada um pensa e sente como bem entende, não dá para cobrar nada sobre isso. Mas respeite o cidadão. Respeite o ser humano e o seu DIREITO. Não adianta viver em uma sociedade se o respeito ao outro não existe. Intolerância é igual a burrice!


O amor, minha gente, transforma tudo! Parem de se preocupar em impedir os relacionamentos afetivos, de rotular com o que é isso ou aquilo, e se preocupem em cumprir de forma digna o seu papel como cidadão, político. A mudança que o país precisa não está sendo pautada! Quando falaremos da saúde básica? Quando falaremos de dar às nossas crianças uma educação embasada e fortificada para que cresçam sem essa alienação exposta?

Parem de nos fazer de bobos!

Sabem o que é família? Um conjunto de pessoas que se amam! Não tentem curar isso.




Esse vídeo é muito bacana! É emocionante! O poder do amor e do afeto.

 #NossaFamíliaExiste


Onde há brasa, pode ter fogo (de novo)

Ela sorriu pra mim, com os olhos
Não vi nenhum dente aparecendo por detrás daquela boca rosada
Na minha frente havia um mundo inteiro, tantas questões, tantos medos, sonhos e planos!
Quem era ela, afinal?
Que me revirou de cabeça para baixo e agora estava ali, tentando me explicar a teoria de tudo e do nada, querendo me fazer acreditar que a gente pode até andar sobre as águas.
Quem era ela, afinal?
Ela me fez voar, foi isso!
E agora acha que pode ir e vir assim, como se nada tivesse acontecido.
Mas não, meu bem, me perdoe, mas eu não suporto isso.
Te ver aqui, de frente para mim, com todas as suas sardas nuas, é tão complexo!
Seu cheiro é uma loucura e eu conheço todos os seus gestos, seus olhares, seus sorrisos, sua falta de paciência com o mundo, e sua vontade de ser feliz.
Se encaixe de novo no mundo, e quem sabe poderá estar aqui de verdade?!
Não sei o que quer de mim, mas essa instabilidade é uma coisa que me corrói por dentro.
Vou deixar essas questões ali.
Enquanto isso me diz, o que mais a gente pode fazer por aí?
Dá pra ser quem eu quiser, dá pra construir castelos?
Dá para ser feliz?
Dessa vez só me olhou, com aqueles olhos esbugalhados, como se estivesse relembrando de algo.
- A gente foi feliz.
E eu que insisto no amor, acho que onde há brasa, pode haver fogo (de novo).
Vamos ver aonde a vida irá nos levar.

18 de setembro de 2015

Realiza: A gente é livre!


A questão é que a gente embola tudo no meio de campo. Ao invés de partir para o ataque, focando em marcar o gol do amor, a gente prefere ficar dando carrinho na perna do jogador do lado, que é quem faz, na verdade, seu coração bater mais rápido. Consegue entender? Histórias de amor não precisam de um fim, mas se por acaso você achar que chegou no meio de uma vírgula, esqueça tanta mágoa! O maior erro, na minha opinião, é a gente achar que o outro é uma espécie de propriedade privada, e qualquer vento que bater no lado direito do rosto, é motivo para tristeza profunda e rancor. Não serei hipócrita, e acho que ninguém conseguiria dizer o contrário. Se dói? Claro que dói! Mas, realiza! A gente é livre da gente mesmo. Aprisionar sentimentos, e por consequência, as pessoas que estão ao nosso redor, é só uma forma mágica de ficarmos longe de tudo que gostamos e nos enfurnarmos em um mar de tristeza. Serio! Vá ouvir reggae, ver o mar, tocar um violão. Por muito pouco não deixei que a maluquice dessa vida me matasse em vida. Mas quer saber? Viver é uma dádiva que não deve ser desperdiçada com tanta dor! A vida é dura, sim! Mas se a gente pegar todas essas durezas e potencializar, deixando de lado todas as vezes que gargalhamos de madrugada que nem loucas, acordando os vizinhos; ou aquele banho de chuva no meio do dia; ou até mesmo aquele brigadeiro de panela assistindo Netflix; a gente se perde na vida. Vá viver, com leveza, com calma, e tenha paciência: uma hora ou outra as coisas vão se ajeitar.

15 de setembro de 2015

Alice, o corpo quer o quê?


Alice,

O corpo quer o quê?
Que o sexo te leve ao gozo,
Que o cigarro seja o seu consolo,
e que o coração, louco
se cale!


11 de setembro de 2015

Quantas vidas passarão?


O seu pigarrear me fez ter certeza que o cigarro fez morada naquela casa. A casa onde em cada canto eu me encontro, mas eu me perdi. A louça na pia, os livros jogados - cadê o nosso amor? Me vi perdida em meio aos seus sinais, onde estou? Tudo que aprendi de amor é falso. Não dá pra se falar de amor, amor se sente, e é tão único! Cada qual saberá do seu, e só. Não tente dar conselhos frustrados a ninguém. Falar é fácil, quero ver é seguir à risca. E após tanto tempo, fico me perguntando se foi mesmo tudo real, ou só mais um sonho que eu pintei. Você esteve aqui? Estivemos assim? Descobri que amor é além do sentimento romântico que nos faz dizer "eu te amo", como patetas abobados. Amor é coisa demais para se resumir em três palavras. Amor é ser gente grande. E ser gente grande é saber parar, mesmo não querendo, porque sabe que isso irá evitar males irredutíveis. O difícil mesmo é conseguir ficar sem tudo aquilo que a gente construiu, coisas que nem valeriam a pena dizer, você sabe muito bem. Mas é foda, meu bem, desculpe o palavrão. Seu nome é marcado no meu, uma grande sacanagem. E seu corpo inteiro, é pedaço do meu, como se sempre tivéssemos sido uma coisa só. Eu sei que coisas muito ruins aconteceram, mas não dá para esquecer de todas as outras, as coisas boas. Você lembra? De quando achávamos que o mundo se resumia na gente ali, naquela nossa vida gostosa, onde ninguém nos acharia. Lembra? Do nosso encaixe embolado, mal feito, que dava certo, e de toda aquela preguiça de quem queria que a vida fosse tão simples como um dia de domingo. Seu casaco cinza sempre ficou melhor em mim do que em você. Mas é só porque eu consigo me vestir com o seu cheiro, com seu sabor, e nada me afeta. Nossos sonhos e todos os nossos planos ainda estão por aí. Será que um dia a gente se tromba e realiza eles? Ainda posso sentir seu cheiro bem de perto, enquanto brinca com meus cachos entre os seus dedos. Posso sentir o calor do seu colo, posso sentir o seu coração batendo, e a sua respiração acalmando. Você dormir. Eu não quero mais chorar, acho que não nos cabe mais. Se a gente não tiver como ser mais, que a vida não nos mate, antes da hora. E que se por acaso a gente se perder, que quando você me ver por ai, mesmo que de longe, você não esqueça que o amor é eterno, fraterno, e que nada nunca poderá mudar isso. Anos passarão, pessoas também, talvez a gente até seja feliz de outro jeito, mas quando você me ver, eu sei que sentiremos o mesmo: o amor não morreu. Terás em mim, aquela menina, de 18, que queria mudar o mundo, e que não pensava duas vezes para fugir de madrugada e ir ao seu encontro. Estarei assim, e talvez a gente sente e eu tome um café, vendo você acender o seu cigarro e me contar de como as coisas no restaurante vão bem. Ficarei feliz, de ter ido até o fim, e te contarei dos meus escritos. Você vai rir, dizer que eu sempre fui doidinha, mas que sabia que eu chegaria lá. E quando a gente tiver que ir, no nosso abraço, sentiremos, novamente, o mundo todo em nossas mãos. Se está escrito nas estrelas, como diz aquela música que eu fiz para você, não importa quantas vidas passarão: voaremos juntas de novo.