10 de maio de 2014

#Blablabla

As vezes eu queria tomar um porre. Desses que deixa a pessoa sem eira nem beira, falando todas as verdades que só alguém movido a álcool teria coragem de falar, sem medo. Ter coragem de chorar baixinho e xingar por todas as dores e desamores, e quem sabe, num momento como esse, escrever a canção dos 15 minutos de fama? Só vejo plástico em todo canto, ninguém tem mais coragem de se mostrar ou de simplesmente fazer uma escolha. Escolher por si só, sem ter pena ou dó, só pela verdade/vontade do que se quer e planeja. Alguns chamam isso de sangue frio eu chamo de autenticidade. Na era que vivemos, todo mundo está tão acostumado a se esconder por touch screen que está cada vez mais difícil ser verdadeiro cara à cara. Quero mais vida real e menos tecnologia que nos tira da gente. Quero mais abraços, mais calor, mais amassos.... Menos carinhas felizes, menos "rs", mais gargalhadas estrondosas e mais lágrimas. Só queria ser mais viva do que tecnologicamente eu sou, queria que todos fossemos mais. Pra sentir as dores mais presentes, assim como as alegrias mais imensamente. Para entender que a vida é muito mais do que um "selfie" e que o amor está além de corações.

26 de abril de 2014

Coragem juvenil


A chuva está caindo com um gosto diferente. Ela sempre me trás uma saudade de coisas que só estiveram na minha mente. Já sentiu isso? Saudade de tudo que a gente sonha, pensa e escreve rabiscando em cadernos velhos, só para não esquecer quem a gente é, o que a gente quer. E eu vou lhe dizer: é muito difícil essa coisa toda de crescer. Tô aqui ouvindo umas músicas de quando eu reclamava de acordar cedo e usar aquela farda para enfrentar o colégio. Acreditem, o colégio é a MELHOR época que a gente pode passar. É quando o mundo parece tão pequeno que a gente não tem medo de nada. A maior preocupação é passar de ano. Onde encontramos os nossos melhores amigos, que não importa se hoje, 5 anos depois a gente já não se vê tanto, toda vez que estivermos reunidos a gargalhada e toda aquela magia continuará lá. As vezes sinto um vazio de toda essa minha coragem de colocar a cara no mundo. Envelhecer, digo - passar os anos, me fez ser um tanto medrosa, racional demais. Andei pensando no que um bando de pirralhos com espinha na cara fez, só porque queria mudar alguma coisa. Passava o dia todo limpando cadeiras, salas, procurando professores de música, juntando quem quisesse mudar um lugar, e conseguimos, o grupo continua por aí: Forasteiros. Por que somos tão racionais, se é a emoção, é o coração batendo forte e as mãos frias que nos fazem cometer as maiores e melhores loucuras da nossa vida? Sinto falta de ver o mar sem preocupações, agradecendo a Deus só por estar ali, com o sol quente batendo no meu rosto e a minha cabeça, como sempre, viajando por todos os cantos, me fazendo sentir mais forte. A gente se preocupa tanto com o trabalho, estudo, as vezes faz as coisas pra tentar se manter ativo nesse sistema, mas pra quê ficar esquentando cabeça e perdendo anos fazendo coisas que não te preenchem se o que te faz feliz pode ser a forma de você viver? As pessoas dizem: isso é arriscado demais. Loucura. Mas o que é certo?! Certo é fazer o que te faz feliz! Porque isso tudo aqui vai passar tão rápido que quando você se arrepender de não ter corrido atrás do que acredita, não vei ter como voltar. Não fuja de quem é, não fuja do que quer. Tape os ouvidos dessa razão social e corra atrás do que fará você a pessoa mais feliz. Chore, sorria, lute, não tenha medo. Eu desejo, do fundo do meu coração, a todos nós, a coragem e a teimosia juvenil. O problema dos adultos é terem esquecido da juventude. 

20 de abril de 2014

Aproveite


Se quiser correr, corra. Se quiser andar, ande. Se quiser viver, viva, Se quiser voar, voe. Mas faça tudo que você se sentir bem, o que te faz sorrir, o que te faz levitar, o que dá paz para o seu coração. Não adianta ficar com minhocas desmioladas perambulando sua mente, realize. Se não tiver feliz, grite, lute, esbraveje. De nada vale continuar numa situação que te faz mal. Se ficou chato, reinvente. Não dá simplesmente para fechar a janela e se recolher num balão de ar onde ninguém entra. Socialize, se encante, converse, conheça novas pessoas, conheça ainda mais o seu amor, tenha metas, corra atrás conquiste. A vida é uma oportunidade de renovação, aprendizado, evolução. Aproveite.

6 de abril de 2014

#Blablabla

O domingo foi diferente, ao invés da cama e da TV o dia todo, fui à luta. Fiquei naquela loja quase que o dia todo e em meio a pessoas indo e vindo, me perguntei o que significava tudo aquilo. Pessoas de todos os jeitos e tamanhos, sorrindo, brigando, fazendo contas... E do que vale toda essa correria? A gente vive pensando no futuro e esquece de se preocupar com o agora. Tenho pensando bastante nisso: E o agora? Confesso que me trouxe uma nostalgia chata de quanto eu tinha meus 15 anos e planejava/idealizava uma vida pra mim. Foi tudo um tanto mais difícil do que eu imaginei que seria, e de todos os meus planos me falta ainda um. E é o que mais me perturba, o que me deixa LOUCA. Cheguei em casa cansada e fui ver o céu estralado lá de cima. Acendi um cigarro e fiquei tentando comparar tudo que eu sou com todas aquelas estrelas lá em cima. Se eu, ainda tão pequena, fui feita tão perfeitamente, com o privilégio de ser feita à imagem do criador, é porque, no mínimo, tem algum motivo por aí. E o meu coração vem batendo mais forte, a confiança e consciência. Na verdade, ninguém tem o direito de apontar o dedo para ninguém. O mundo gira rápido. E eu, tenho certeza que a hora está chegando.

5 de abril de 2014

Melações de quem ainda é apaixonado


Nosso dengo me afoita. Onde eu estive sem você por tanto tempo? É como se eu nunca tivesse sem você. E eu sei que nem sempre tá tudo tão bem. A gente se choca, dá choque. Mas será que alguém não dá? Com histórias e pensamentos diferentes, com mudanças ao longo do tempo por perto
Deve ser normal!
Mas a gente se dá tão bem, como se fôssemos algo só, um circulo sem fim, ou uma borboleta
Que de uma larva acreditou e criou asas, e voou por ai. Sem rumo, por voar, pra viver. Somos nós sem nós, né? Estamos presas ao nosso querer estar perto, nada além do amar tanto que não pode ficar sem
Um vício, uma necessidade, um bem maior - eu acho.
E não importa mesmo o que qualquer um vá pensar, a gente sabe bem de tudo: a luta, os erros, a redenção, o perdão, o amor. E o que vale é saber sorrir a cada dia que te vejo abrir os olhos, sentir teu cheiro em mim e estar em paz. Com a vida que a gente lutou para conquistar (e ainda luta), com você me pedindo trezentas coisas ao mesmo tempo, comigo deitada do seu lado com a minha blusa quadriculada rindo com as suas palhaçadas... Ou até mesmo quando você chama de chato um filme que eu tava louca para ver e ao invés de assistir comigo, dorme profundamente. Nós somos assim. Calmaria e tempestade. Água e fogo. Complementos de uma só alma. Não precisa entender. A gente vive.


4 de março de 2014

Amor de carnaval


Acordei com o grave batendo forte em meio peito
Ainda estava zonza pela noite de ontem
Acabei dormindo no sofá
Fiz meu capuccino doce e acendi meu cigarro
Os foliões estão correndo e pulando pela avenida
A janela parecia fria, mas o calor da Bahia estava nos seus 35ºC
Dava pra ver a agonia de ser o último dia de folia
Quem não ia querer que a vida fosse sempre essa fantasia?
Pular até amanhecer, beijar, se envaidecer
A raiz pulsando no seu sangue, seus pés te levando sem direção
Gente de toda cor, raça, nome, juntos no mesmo prol: ser feliz
Foi aí que pensei em você: o que quer de mim afinal?
Aquela folia não me fez te esquecer, seu sorriso não saía de mim
Dançou que nem uma doida, sorriu como se quisesse dizer que me amava
E dá pra ser assim?
Amar alguém que só viu desde a quinta-feira de carnaval
Alguém que beijou e não conseguiu mais desgrudar
Tô doida, louca, o que pode acontecer?
Toda aquela gente, aquele calor, tudo ficou mais bonito quando você apareceu na avenida
A rainha do meu bloco, a regente da minha dança
Só não some daqui, me diz que a folia vai passar e você vai continuar
O telefone tocou, acordei do transe, me arrepiei só de lembrar do seu gosto:
"Se você quiser, nosso amor pode ser além do carnaval. Mas hoje tô te esperando na avenida" - disse a mensagem que você me mandou
Corri para um banho gelado, vesti o meu abadá e saí atrás daquele beijo de novo
Quem foi que disse que amor de carnaval é passageiro? Vou ficar contigo o tempo inteiro
Ser feliz também é se arriscar pelo que quer

17 de fevereiro de 2014

Arriscar pra ser feliz


A verdade é que muitas vezes sinto uma vontade enorme de soltar um palavrão. Daqueles bem feios e barulhentos, só para conseguirem ver que eu tô aqui e eu não sou tão boba quanto pareço. Aliás, boba eu sou. Acho que isso é sina de quem gosta de arte. Sentimentalismo barato que nos deixa mais vulneráveis ao ser humano. Mas poxa, eu sofro, eu tenho dor! E nem venham me dizer que a culpa é toda minha, que foi o caminho que escolhi. Não. Eu escolhi ser correta com os meus conceitos e instintos, escolhi procurar a minha felicidade. Hoje isso é mesmo pra valer. Por que venhamos e convenhamos, como é que você vai querer ser lembrado depois? De alguém que nasceu, cresceu, se reproduziu e morreu, como nas aulas de ciência? Eu não! Eu quero é ser feliz. Arriscar. Lutar. A gente acaba perdendo tempo demais tendo medo, preocupado com o dinheiro, que a caba vivendo uma vida medíocre e não consegue nada. Só dá pra conquistar alguma coisa quando a gente investe nisso, quando apostamos as nossas fichas. Aí sim a coisa pode mudar, a vida pode virar. E sonho de artista é ser livre, e poder tocar o coração de uma multidão, ou de dez cabeças. Artista só quer fazer arte, de coração e verdade. Amanhã você me diz se o meu sorriso não está parecendo mais sincero, se o amarelo não saiu e eu fiquei transbordando de mim. 

14 de fevereiro de 2014

Aconchego

                                     

Acho incrível como o seu cheiro de aconchego ainda consegue me deixar sem graça. É como se o mundo todo fosse tão pequeno que não coubesse toda essa nossa preguiça de sair de perto uma da outra para fazer qualquer outra coisa. Fico sem graça ainda quando você me olha daquele jeito que quer ver além da minha alma. Fico desarmada com aquele seu maldito sorriso de cafajeste que me conquistou desde a primeira vez. Por que será que é assim, hein? Eu sempre achei fácil inventar amores, escrever sobre princesas modernas em torres (vulgo quarto) é fichinha. Mas eu confesso que eu nunca imaginei que isso podia acontecer desse jeito. E tudo bem, não é bem desse jeito. Mas é muito intenso e diferente de todo e qualquer sentimento que a gente possa sentir. É como se fosse um pedaço nosso, uma outra carne, que dói se for machucada e alegra se estiver feliz. Esse negócio de amor, paixão, fetiche, ou qualquer outra denominação nem me agrada mais. Lembra? O que eu sinto não tem nome. É só uma sensação gostosa de prazer intenso. É uma coisa meio agridoce, como você. Que mesmo com todas as suas duras palavras racionais da vida consegue ser fofa a ponto de me encher os olhos de brilho. Não sei do amanhã, mas só peço a Deus que não nos tire tudo isso. Toda essa coisa de conhecer a outra tão bem, de confiar tanto, de precisão. Sabe como é? Já se fazem quase três anos e eu ainda estou apaixonada!