28 de dezembro de 2010

Era uma menina...

Era uma menina...
Não não, uma quase mulher.
Menina, mulher, não sei bem, ela sempre me deixou confusa quanto a isso.
É como um misto dos dois, uma frequente evolução.
Por muito tempo eu a observei, de perto, de longe, e até mesmo quando não a via e só ouvia o que os outros diziam dos atos corajosos e fortes daquela moça.
Ela tem medo de insetos, dá para acreditar? A menina que jogava bola, que corria atrás de pipa, que tem coragem de dizer a verdade sem se importar, que enfrenta esse mundo nojento, que deixa a sua marca, corria de qualquer inseto voador.
É engraçado...
Eu costumava chamá-la de curinga. Sabe quando uma pessoa entra na sua vida e simplesmente completa o que falta, resolve o enigma e te deixa feliz por nada? É ela.
Ao mesmo tempo que me confundia toda, me deixava cheia de dúvidas e incertezas e medo de fazer algo errado.
Sabe, quando a conheci, ela era muito cabeça dura (não que tenha deixado de ser), e acho que não acreditava em outra coisa que não visse, ela era prática e racional. O tempo passou e hoje, a moça, não deixa de fazer um pedido toda vez que passa pelo mar ou vê a lua, acredita em palhaços, e que o sorriso ajuda a sarar a alma. A menina, hoje, ainda mais acredita no amor. Não só naquele de casais apaixonados, mas no amor que pode existir nas pessoas. A mulher, acredita que a música ajuda a externar o que o coração está transbordando e as palavras secas se embolam toda para falar. A moça de quem eu falo me enche de orgulho sabe? Acho que enche a todos, ela é tão teimosa, que se coloca na cabeça que precisa conquistar algo, luta, luta e vai atrás. Seus sonhos, não são só sonhos, são projetos que um dia eu sei que ela conseguirá alcançar.
Mas aí, no meio disso tudo, ela deixa que projetos alheios a transforme em proprietária deles. Ela é forte sabe? Muito... Mas, o que ela esquece de deixar todos verem, é que ela é HUMANA. Assim, de carne, osso e coração, como todos os outros. E acaba fugindo, pra longe... Deixando para trás coisas que tanto ama, por achar que melhor será depois que o tempo passe e as pessoas não lembrem mais, principalmente ela.
Seus olhos cor d’água escondem histórias que poucos sabem desvendar, e aquele seu sorriso lindo cor de estrela as vezes disfarça o que a boca não pode falar.
Ô menina, linda mulher. Vive, ama, corre esse mundo afora, aprende as coisas que todo mundo procura e volta! Vem me dizer.
Cê sabe ô moça, não importa o tempo, o que aconteça, a sua Terra vai te chamar de novo e aqueles que te deram um pedaço de alma precisarão de ti.
Ei! Vem cá, me conta dos teus medos, será segredo, e sei que um dia iremos nos reencontrar e você me dirá que tudo foi lindo, e você está pronta para mais o que vier.
Ah minha menina, o que eu faço? Não importa aonde vás, não importa teu paço, seguirei no mesmo compasso.
Já viu artista sem inspiração? Dá não meu anjo. Então volta de pressa, pra que eu possa escrever de novo, e falar do socorro que tu me deste desde o dia em que te vi.
E toma, leva isso consigo, meu coração junto com um pouco da minha alma, enfeitados com a minha força, esperança e um pouco do encanto de artista que ainda me resta.
A estrada nunca acaba, sabe? Mas a menina-mulher, a moça dos olhos mais lindos que já conheci, sabe exatamente em que ponto quer chegar, e eu sei, que por mais que demore ela voltará.
Porque é assim que está escrito, lá no céu, com as estrelas.
O curinga precisa completar outros jogos, e aí ele poderá, finalmente ganhar o seu...
Pra sempre!


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Não tem noção de quanto difícil pra mim é colocar esse texto hoje, colocando essa foto dessa mocinha aí.
Ah meu curinga, você e nem ninguém tem noção nenhuma do quanto está me doendo tudo isso. Não tem noção de como eu queria ter ido lá hoje para te dar um abraço e te dizer tudo que eu ainda tenho pra dizer. Mas tem noção de como sangraria te dizer adeus? Saber que você vai embora assim?
Não não, prefiro que nós duas nos lembremos naquele dia andando pela praia à tarde, falando besteiras, completando a frase uma da outra, sorrindo, sorrindo...
Eu vou estar rezando e olhando por você. Falarei para todos os seres encantados do universo que te cuidem e te protejam de tudo, e a lua e o mar irão abençoar e guiar seu caminho para sempre.
Eu te amo MUITO minha menina, e vai ser assim para sempre.
Já estou sangrando e sufocando de saudades... e vai ser pior cada dia.
Fica com os anjos e PELO AMOR DE DEUS se cuide.
Estarei aqui te esperando, ou talvez eu vá lá te buscar em cima de um cometa ( que eu pegarei emprestado do meu anjinho italiano) e iremos dar uma volta no planeta.
Um beijo e um abraço sufocante do seu eterno palhaço.



19 de dezembro de 2010

J.A.Í
                                                                              (de baixo para cima: Amanda, Isis e eu)

Era uma vez uma pedra divina.
Essa pedra era dividida em duas partes: razão e emoção. Até que em um belo dia um anjo do mais elevado grau celestial achou de jogar a pedra lá de cima dos céus para cá embaixo na Terra.
Com a pancada, a pedra dos céus se dividiu em três.
Um pedaço ficou por quase todo roxo – a cor da emoção. E era sonhadora, fantasiosa, acreditava nos homens, era boba, besta, ingênua, inocente e vivia se metendo em encrenca. Um pedaço era por quase todo verde e era parecido com o outro que era quase todo azul. Esses dois pedaços eram quase iguais. Eram fortes, corajosos, verdadeiros, amigos, leais, as vezes brabos, mas sempre doces. Eram realistas e com a queda dos céus passaram a desconfiar de tudo e de todos.
Os três pedaços por algum tempo ficaram perdidos um do outro e sem memória, e conseguir se sentir completo era difícil para eles três.
Foi então que em um “Campo Grande” os três se reencontraram e sabiam que de alguma forma faziam parte um do outro.
Só juntos, os três, como um tripé, conseguiam caminhar e tomar decisões corretas. Quando juntos, se sentiam seres diferentes e especiais, mas esqueceram de que desde a queda eram pedras coloridas, eram encantadas e especiais por elas mesmas, só que juntas brilhavam ainda mais.
Na verdade, essas três pedras eram partes de uma só alma. Anjos que desceram dos céus para de algum jeito dá uma nova esperança para alguns da terra.
E só juntos, os três anjos, se completavam e enfim concluíam o seu objetivo: fazer o outro feliz.
Sabe como a pedra dos céus se chamava? J.A.Í*

*J.A.Ì são as iniciais de Jéssica, Amanda e Isis.

ps: Esse texto eu fiz para dar de presente de aniversário para as minhas melhores, Isis e Amanda, que por tudo menos coincidência, nasceram no mesmo dia. 
Amo vocês, minhas melhores. Agora e pra sempre ♥

16 de dezembro de 2010

VENHA VÊ ZÉ!



VENHA VÊ ZÉ, NÃO É O JOAO?
AQUELE MENINO QUE ANDAVA DESCALÇOS E CATAVA GARRAFAS NO CHÃO?
QUE O MUNDO DEIXOU MARGINALIZADO POR ACHAREM QUE A COR QUE PINTA A PELE DIZ A COR DA ALMA E DO CORAÇÃO?
VEM VÊ ZÉ, ELE VOLTOU!
TRAZENDO COM ELE A MAGIA DO AGÔGÔ, OS SABORES DO DÊNDÊ, E A BATIDA DOS TAMBORES QUE FAZ A TERRA TREMER.
SABE AQUELE TIDO CARNAVAL? O SAMBA VEIO COM ELE, A GINGA E A ALEGRIA DE VIVER.
VEM VÊ ZÉ COMO ELE ESTÁ LINDO.
PARECE QUE NADA MAIS O CONSEGUE ATINGIR, E AQUELAS PEDRAS QUE JOGARAM NO CAMINHO DELE O AJUDARAM PARA SEU CASTELO CONSTRUIR.
COMO É QUE PODE NÉ ZÉ! AS PESSOAS NÃO ENTENDEREM A MAGIA QUE VEIO COM A MARÉ! NÃO ENTENDEREM A ESTUPIDEZ DE SE MALTRATAR ALGUÉM, SÓ PORQUE VEIO DE LONGE OU QUE SEUS PÉS SÃO DE OUTRA COR. Ô ZÉ... COMO É ISSO? PESSOAS IGUAIZINHAS SE ACHAREM DE OUTRO NÍVEL?
DÁ PRA ENTENDER?! JULGAR ALGUÉM QUE NEM CONHECE PELO QUE PODERIA SER?
EU NÃO SEI NÃO VIU ZÉ, ISSO PRA MIM É COISA QUE NEM É DE SER HUMANO, PORQUE ME DISSERAM QUE SER HUMANO PENSA, E BIXO ASSIM, QUE DISCRIMINA PELO DIFERENTE, PENSA É?
SERÁ QUE ELE NÃO VÊ QUE É A MISTURA DE CORES E RAÇAS QUE FAZ A VIDA SE ESTABELECER?
AH ZÉ, ELES DEVIAM MESMO ERA AGRADECER PELO TANTO DE COISAS QUE O MENINO VEIO NOS TRAZER. MAS SABE, EU ACHO QUE NEM ELES MESMOS SABEM QUE TEM TANTA COISA QUE ELES GOSTAM E ADIMIRAM QUE VEM COM ELE.
MAS É HIPOCRIZIA NÉ ZÉ? AINDA TEM UNS QUE DIZEM QUE NÃO SE IMPORTAM COM ISSO, QUE NÃO DISCRIMINAM POR NADA, MAS NA HORA DO VAMO VÊ É O BRANQUINHO QUE VÃO SEMPRE ESCOLHER.
SÓ QUERIA ZÉ QUE ELES ENCHERGASSEM DIREITO, SABE?
TANTA COISA QUE O MENINO JÁ FEZ E AINDA FAZ, MAIS ATÉ DO QUE MUITOS OUTROS!
PORQUE O MENINO SOFREU DISCRIMINAÇÃO MAS LUTOU E VENCEU, E AQUELES QUE SE RENDEM E SE DEIXAM CORROMPER MESMO TENDO TODA A LIBERDADE PRA VIVER?
OLHA LÁ ZÉ, SABE O QUE É MAIS ENGRAÇADO? MESMO SENDO TÃO DISCRIMINADO O JOÃO AINDA ACREDITA QUE MELHOR ELES PODEM VIR A SER.
O JOÃO, O MENINO NEGRO DOS PÉS DESCALÇOS, É REPRESENTANTE DOS VÁRIOS QUE VIERAM PRA VIDA VIVER, PORQUE ESSE NEGÓCIO DE SOFRER NÃO É PRA NINGUÉM. ELES VIERAM MESMO FOI ACRESCENTAR, ENRIQUECER E CELEBRAR A NOSSA VIDA!         

10 de dezembro de 2010

Ontem era uma menina...


Ontem era uma menina que acreditava que nunca poderia ser machucada, hoje vive carregando a dor da perda.
Ontem acreditava que o mundo era tão bom e as pessoas não tinham maldade, hoje ela sabe o que é traição, maldade e falsidade.
Ontem ela sorria a toa, hoje ela luta para manter o sorriso
Ontem ela desejou a morte, hoje ela luta pela sua sobrevivência
Ontem seu mundo era pequeno e seus sonhos eram tão objetivos, hoje ela quer dar o seu melhor, quer o que nunca teve e corre atrás.
Ontem ela tinha vários amigos, hoje apenas cabem em uma mão.
Ontem ela enfrentou seus medos e seus monstros sozinha, hoje ela luta também pelas pessoas que estão ao seu lado.
Ontem ela pensava em se casar e ter filhos, hoje ela prefere viver apenas na companhia de seu único cachorro.
Ontem ela desistia porque era tão pequena e frágil, hoje ela tropeça, levanta e continua lutando pelo seus desejos e sonhos...
Ontem ela era apenas uma menina, hoje ela já é uma mulher. 

Isis Purificação (@ispurificacao)


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Oi gente, tudo bom?
Esse post de hoje foi um texto da minha irmã Isis, ele estava salvo no meu pc, e hoje, por um acaso o achei e resolvi colocar aqui, porque hoje, ele está a minha cara.
Essa na foto sou eu, e esse dia doi meu aniversário de 18 anos.
Queria agradecer pelos comentários e visitas, tanto dos blogueiros amigos antigos, quanto dos novos. É sempre bom saber o que vocês acharam do texto.
Queria fazer um pequeno apelo aqui também, rs. No post anterior, eu recebi um comentário lindo de um "anônimo", peço aqui, encarecidamente que este se pronuncie e mate essa minha curiosidade. rs
Obrigada!

@jessicatrabuco

5 de dezembro de 2010

03 de dezembro de 2010



Ah.. eu precisava escrever
00:03 e eu estou me sentindo vazia..
É saudade! Saudade de alguém que nem sei quem é. 
Saudade de viver um amor, de sentir que sou a coisa mais importante na vida de alguém.
Vontade de sentir falta de ar ao passar um dia sem ver a razão da vida.
Vontade de ter alguém pra quem ligar nessas madrugadas onde sinto medo e frio, sozinha. De ir correndo para um colo e me sentir a mais segura.
Saudade do amor. Daquele que a gente sente e recebe em troca com um sorriso fascinante e olhos que brilham mais que estrelas.
Saudade de sentir aquele turbilhão de coisas ao beijar alguém, da mão suar, de ficar fria, de se arrepiar e se sentir feliz, leve e livre de qualquer condição.
Vontade de sair por aí de mãos dadas e nem ligar para o que as pessoas vão dizer ao olhar a minha cara de boba.
Ah vontade! Vontade de amor, de amar.
De acordar e sentir teu cheiro no travesseiro, de ouvir aquela música e te ligar pra dizer que lembrei de vc.
Coisas bobas, sabe? Que só gente apaixonada sabe fazer.

2 de dezembro de 2010

A menina do armário

Lá está ela, mais uma vez caminhando para aquele armário.
Era um armário grande, aparentemente feito de uma madeira bem firme, era como se nada pudesse tocá-lo, quebrá-lo... atingi-lo.
Há muito tempo eu a observava, ela sempre abria aquela porta pesada e entrava naquele armário. Não sei bem, mas ela ali, era como se nada pudesse tocá-la também, nada poderia atingi-la.
- Por que se trancar naquele armário se o mundo aqui fora te deixa ser livre?
Perguntei diversas vezes àquela menina de cabelos vermelhos, mas ela não me respondia. Olhava perdida para o nada, as vezes uma lágrima descia, mas nunca me respondeu absolutamente nada.
Um dia, enquanto eu estava distraída, a menina do armário pegou na minha mão e me levou junto com ela para o seu grandioso quartel. Confesso que fiquei um pouco receosa, mas a curiosidade de saber o que tinha lá dentro me fez seguir.
Assim que adentrei naquela fortaleza fiquei espantada. Lá dentro parecia haver um mundo bem diferente do que a sua forma antiga lhe lembrava. Era um mundo colorido, sensível e encantado. 
-Lá fora não há liberdade, na verdade, liberdade não existe. Me tranco aqui, nessa grande fortaleza, para ninguém tentar me machucar, para ninguém me ferir. Aqui é mais seguro que lá fora. É mais seguro verem as portas pesadas e indestrutíveis desse armário, do que perceberem que ele na verdade é sensível, como eu.
Fiquei encucada com o que a menina me falou.
Ela usava aquele armário de armadura e tenho certeza que quase ninguém entendia o significado de estar naquele armário tantas vezes.
O que sei, menina do armário, é que o mundo é mesmo muito cruel, mas de qualquer jeito temos que aprender a viver aqui fora também, talvez "alguns alguéns" te mostrem que do lado de cá também dá pra se mostrar e viver feliz, mesmo que com uma liberdade inventada.
Sabe o amor? Pois é...




Oii :) 
Hoje eu fiz esse post inspirada em uma conversa no twitter... Eu (@jessicatrabuco) e a @JamRibeiro26 estavamos abuzando nossa amiga @JucyMorissette. Ela foi arrumar o armário, e pronto! Nossas mentes maléficas e que trabalham rápido começaram a funcionar, surgiu o apelido #MENINADOARMARIO e o post, que vamos ser sinceros, está fofinho não é?
Espero que gostem e entendam o que realmente quis dizer com ele. Essa aí na foto é a homenageada :)
Um beijo grande, e obrigada por estarem sempre comigo.

ps: espero que não me mate @JucyMorissette ! s2