31 de agosto de 2009

O pó Mágico!


- Hei você, espera aí!
Eu não estava louco, mesmo estando numa rua vazia, na maior chuva que enfrentei nesses meus 21 anos de vida, tinha mesmo um menininho correndo feliz atrás de mim.
- O que foi garoto? Venha aqui para baixo, você está todo molhado, vai acabar pegando uma gripe das brabas e ter que tomar aqueles xaropes horríveis.
O menino riu, parecia não se importar com os xaropes que eu morria de medo quando era pequeno daquele jeito.
Fomos para debaixo de um toldo.
Fiquei olhando para ele, enxugando a água que caia do meu cabelo em meu rosto, esperando o que ele tinha para me falar e ele só ria.
- O que você quer de mim mocinho?
- Te dar isso.
Aí ele tirou do bolso um pequeno pote pintado de verde e rosa.
- Ah, muito obrigado!
Eu não via nada de tão atraente naquele pote, mas presentes são presentes não é?
- Abre ele tio.
Tio? É, eu estava mesmo ficando velho.
Quando abri o pote tinha gliter colorido, várias cores misturadas, parecia aqueles pozinhos mágicos de filme encantado.
- Agora pega um pouco desse pó põem na mão e fecha os olhos.
Parecia ridículo, mas eu obedeci o homenzinho.
- E agora?
Eu estava abaixado com a mão cheia de gliter e de olhos fechados.
- Se eu te disesse que esse pó te daria o poder de realizar dois desejos, o que pediria?
- Pediria paz e felicidade para o mundo.
- Não tio, tem que pedir só por você, esse pó é individual.
Aquele menino só podia estar brincando, ri e olhei para ele.
Ele estava com os cabelos molhados e me olhando atento, parecia falar a verdade.
- E por que você está dando ele para mim?
- Todos tem a sua vez. O senhor vai desperdiçar a sua chance?
Meus olhos encheram de lágrimas, fechei eles com força e fiz o meus dois pedidos.
O menino sorriu contente.
- Agora tio, assopra que o pó vai buscar seus pedidos para o senhor, eles só se realizarão se o senhor acreditar, o senhor acredita tio?
- Sempre acreditei nas palavras de um anjo!
O menino saiu e me deixou o potezinho encantado.
- Todos tem a sua chance, falei comigo mesmo, não desperdicei a minha!
Sorri ainda com lágrimas nos olhos e esperei a chuva passar.

27 de agosto de 2009

Presente pra mim =]

"Seus olhos verdes engolem pessoas,
sua voz marca a pele com o arrepio,
caras e bocas em notas e cordas.
Todos se perdem no seu som!
Você é diferente, é íntegra, pouco maldosa.
Não é aquela mente inconsequente de jovens loucos.
Vou seguir conhecendo, melhor dizendo,curtindo esse momento vou vivendo.
Como dizem, amigos fazem parte da vida.
Vou plantar, cultivar, colher e espalhar,
Essa pessoa maravilhosa,que aos meus olhos parece ser.”

Gustavo Monteiro

Lindo texto que ganhei de um amigão! Muuito obrigada Gu, você mora em meu coração moço!

;)

22 de agosto de 2009

Cadarço desamarrado


-Que cara esquisito!
-Hãm? - eu estava tão atenta ao meu suco de laranja que nem reparei quando o garoto novo do colégio passou pela gente.
O colégio todo o achava super estranho, e por isso acabavam tirando conclusões precipitadas do nosso novo colega.
- Ele é emo!
- Altista!
- Maluco...
- Quer chamar atenção, só isso.
Eu não concordava com nada do que diziam.
Na verdade aquele garoto me dispertava uma certa curiosidade.
Ele sempre estava com aquele cadarço desamarrado!
Lembro-me de umas duas ou três vezes ter dito:
- Hei, o cadarço tá desamarrado!
Ele só ria e continuava andando.
"Até o dia que bater de testa no chão" eu disse em meus pensamentos na última vez.
Ele tinha sempre fone nos ouvidos, andava sempre de chapeuzinho, parecia que nada o afligia! Tinha uma serenidade nata, e um frescor como ninguém.
Acabei meu suco de laranja e fui jogar o copo no lixo quando uma voz suave me falou:
- Não gosto de nós.
- O quê?
- É por isso que não amarro o cadarço.
Ele era engraçado.
- E se você cair?
- É com a queda que a gente aprende a levantar não é? Prefiro andar livre e correr o risco.
Eu queria dizer algo, mas não sabia o quê.
Ele me olhou com toda aquela calma e quando parecia dizer algo, bateu o sinal.
- Por que você não tenta? - Me desafiou o menino com uma piscada de olho enquanto ia em direção à sua sala.
Fiquei um minuto pensando no que ele falou... por que não?!
Talvez seja isso que o faz sorridente todos os dias.
Talvez eu quisesse ser exatamente como ele...
Seus cadarços desamarrados não me inquietarão mais.



Ps: esse ta quentinho, saiu ontem de madrugada :P


17 de agosto de 2009

Infância

Quantas cores, quanta alegria, quantos sorrisos e piadas...
Um pirulito gigante e um algodão doce que derrete na boca.

Por que quando a gente é criança quer ser grande?
Se o bom da vida é ver tudo tão inocentemente... se o bom é correr descalço sem frescuras.
Subir na árvore e se melar todo brincando com a areia,

Acreditar que os bêbês vem do céu, encontrar uma criança e já sair amigo dela.
Ser príncipes e princesas, saber voar...
Ah infância!

Saudade que você me faz sentir...
De quando eu era o super-herói de todas as histórias, de quando eu sempre era forte e corajoso.
Quando um sorriso saía tão fácil e vinha várias gargalhadas.
De quando eu tinha medo do escuro e a minha mãe me salvava.
Época que eu ficava cheia de perguntas, queria saber de tudo e sem vergonha de questionar.
Quando queria algo era só chorar e logo vinham me acalmar.
As crianças são pequenos homens!
As vezes penso que sabemos mais das coisas quando não sabemos de tudo.
Quando aproveitamos cada minuto, sendo cheios de dengos e sorrisos, cheios de bagunça e sem restritos.
Quando o mundo é todo colorido!




14 de agosto de 2009

LIXO




Assistindo ao Mtv na rua me deu uma enorme vontade de escrever sobre o assunto: lixo!
É eles resolveram "tirar a semana" para falar desse assunto nada cheiroso.
Por quê?
Porque esse é um porblema que NÓS TEMOS!
Porque por mais que você se livre desse nosso "amigo" jogando ele junto e misturado no lixão mais próximo, ele não desaparece ou vira oxigênio contribuindo assim para a nossa vida. Muito pelo contrário... O lixo acaba zanzando por aí, causando problemas para a população: talvez em um dia de chuva quando ele entope os bueiros, ou ainda nesse dia de chuva quando ele é levado pela água que você pisa nas ruas alagadas; quando ele é queimado gerando gás carbônico ( = a + poluição); e assim vai.
A questão é que o acúmulo do lixo faz mal para o homem, para a terra, o mar, o ar!
Solução para o problema?
Coleta seletiva! "...processo que consiste na separação e recolhimento dos resíduos descartados por empresas e pessoas".



É simples, é só na hora de jogarmos nosso lixo fora, separarmos ele em metal, plástico, papel, vidro e lixo orgânico (restos de comida).
O que muita gente não sabe é que quase tudo que jogamos no lixo pode ser reaproveitado, reciclado.

A reciclagem além de diminuir nosso lixo... de direcioná-lo para algo bacana, ajuda com relação ao desemprego porque hoje muita gente vive da reciclagem! E ainda tem gente que usa esse "lixo" para fazer arte!

Mas antes de sairmos por aí catando e separando o nosso lixo, devemos fazer algo muito importante: mudar a nossa consciência!
Não adianta separarmos nosso lixo quando o nosso bairro ou cidade estiver em campanha, o que adianta é termos na nossa mente que precisamos fazer algo, que o nosso "pequeno" é muito!
A Penélope hoje disse que estava fazendo uma matéria com uma escola da Amazônia que estava tendo um projeto de CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL e enquanto estavam atravessando o rio amazonas, as crianças em um barco e ela e os PROFESSORES e CONSCIENTIZADORES em outro, um certo indivíduo não parava de fumar atrás dela e adivinha onde ele jogava os cigarros fumados? No rio amazonas ¬¬'
Aí a Pê conclui:

"Eu estava louca para jogar ele para as piranhas comerem!
Aqui tem peixe moço?" - Chute para ele cair no rio! xD

Não sejamos como esse rapaz... Antes de falarmos ou agirmos para os outros verem, mudemos a nossa mente, sejamos conscientes!

11 de agosto de 2009

O bom da vida é ser feliz


As vezes me dá um surto e eu faço uma espécie de reflexão e chego à conclusão de que o objetivo de todos na vida é ser feliz.


Está certo que as vezes a felicidade parece distante, e que há muito sofrimento na vida. Mas tenho por mim que tudo que passamos acaba nos mostrando que vale a pena ser feliz, que vale a pena arriscar, vale a pena correr atrás dessa tal felicidade.


Se não acreditassemos na felicidade para quê viveriamos?


O segredo da felicidade é ver nas pequenas coisas a magia! São pequenas coisas que nos tornam grandes, que nos fazem sentir o mundo, que nos fazem acreditar que tudo pode melhorar.


É o vento batendo no rosto, é uma estrada vazia por onde devemos trilhar, é a luz da lua, o simples acordar!


Que acreditemos que as coisas são maravilhosas, mágicas, encantadoras, que deixemos essas coisas nos tocarem, que as observemos, que as apreciemos.


E que no fim sejamos felizes enfim!


10 de agosto de 2009

O fusquinha branco



Era um dia igual a qualquer outro, a não ser pelo fato de ser um domingo.
Nada de trabalho, nada de preocupação.
Os domingos tem cores e cheiros diferentes de qualquer dia.
São cores azuis e verdes, tranquilidade e calma.
Cheiros de liberdade, de paz!
Também me dizem que é dia de praia.
Mas nesse domingo eu estava me sentindo estranha.
Era pelo único e grande fato de eu ainda não ter consertado um dos meus farois trazeiros que estava com um furinho, porque um garotinho achou de jogar a bicicleta dele em cima do meu carro.
Fiquei a pensar trezentas vezes se deveria ir ou não a minha amada praia. Andei de um lado para o outro do meu quarto.
-"Devo ou não devo?".
Fui, mas morrendo de vergonha.
A cada sinaleira que parava parecia que todos olhavam e riam daquele pequeno furinho no meu farol trazeiro.
Pois é, era um PEQUENO furinho, mas só vim a reparar isso em um dos vinte sinais que passei.
Mais uma vez, estava morrendo de vergonha quando parei nesse tal sinal, só que de repente ouvi um barulho de motor:"Só pode ser um motor de fusca" disse eu rindo.
E não é que era mesmo?
Logo o fusquinha branco parou ao meu lado, não era o dos piores, mas percebia a sua idade.
No lado de dentro dele tinha um jovem, cabelos encaracolados pretos jogados no rosto e um óculos estilo haiban.
Ele estava sorrindo com um ou dois colegas que estavam dentro do pequeno fusquinha.
Estavam cantando, brincando... E de repente olharam para o meu carro, fizeram um sinal de legal com as mãos.
O de cabelo encaracolado sorriu sereno e continuaram cantando assim que o sinal abriu.
Foi aí que percebi o quão fútil eu era.

(Jéssica Trabuco)


Início de conversa

Música, poemas, contos, comentários sobre o que acontece no mundo...
Isso e muito mais é o que pretendo deixar resgitrado no "Música poesia e blá blá blá..." .
Sejam bem vindos!

Para iniciar bem o blog, estou postando aqui a música 'Sapato Velho - Roupa Nova'