30 de abril de 2011


E ler, ler é alimento de quem escreve. Várias vezes você me disse que não conseguia mais ler. Que não gostava mais de ler. Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você. Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente.            
                                                                       (Caio Fernando de Abreu)

9 comentários:

Rafael Ayala disse...

Engraçado, eu tava precisendo ler isso, veio em um ótimo momento!
=]

Bird disse...

Caio Fernando Abreu está em todas =D

Vanessa Barbosa disse...

Jéu minha querida, lembra de mim? Não né HAUAHUSHAUS

eu andei um tempinho sumida mas agora voltei e vou continuar leitora assídua daqui viiu, eu tô atualizando a divulgação dos parceiros do meu blog, quero saber se você quer participar ;D
lá no blog tem a guia parceria e tem tudo explicadinho, mas como eu estou aqui pessoalmente pra te convidar você terá alguns privilégios hehe'
beeijão flor.

divinaefeminina.blogspot.com

mfc disse...

Escrever é na verdade um grito de alma!!

Lia Araújo disse...

Meu Caio sempre lindo...

bjos querida
otima semana...

obrigada pelo visitinha

Rosamaria disse...

Você lê e sofre.
Você lê e ri.
Você lê e engasga.
Você lê e tem arrepios.
Você lê
E sua vida vai se misturando no que está sendo lido.


beijos!

Anônimo disse...

Algumas vezes, e eu nem conhecia esse conceito do Caio, achava que um texto era um vômito. Algo que você sente náuseas, precisa colocar para fora, mas só com esforço a coisa sai.

É nojento, eu sei. Mas também podemos pensar que escrever é como sangrar, rasgar o coração. Talvez seja uma visão mais romântica.

Beijos

rafaela ivo, disse...

E esse Caio sempre traduzindo o que eu penso...

Lê Fernands disse...

eu vomito todos os dias... religiosamente!


rsrs
bjsmeus