8 de agosto de 2012

Bagunça


Me aperta e ao mesmo tempo me solta
As vezes fica muito cinza, eu desisto, não há mais jeito
Mas sempre há um sorriso, um cheiro, um sonho, um dormir
E a alegria retorna, tímida, mas cheia de força
Os carros passeando uns pelos outros já não parecem tão poéticos
Antigamente me davam esperança, hoje mal me distraem
A casa me parece grande demais, mas está apertada dentro de mim
Respirar.
Talvez seja isso. Será que sou louca por sonhar?
Acho que nada mudou, apesar do espelho me dizer o contrário
Sou a mesma de anos atrás
Paira em mim um cheiro de aconchego e de saudade
Será que estou chata, sem brilho, me embacei?
Preciso de um café forte sem açúcar
Acho que sou doce demais

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