22 de setembro de 2011

#HoradeOpinar

Nota: Mais uma vez venho aqui informar que não sou a dona da verdade. Tudo que escrevo é uma opinião minha. E o objetivo de textos como esse que fiz é que se abra um debate e que possamos trocar ideias com relação a assuntos tão polêmicos do nosso dia a dia. Ficarei grata com a sua contribuição para esse debate.

Sobre o aborto e fugir de responsabilidades

Uma sociedade imediatista e egoísta só nos faz querer pensar em nós mesmos, em corrigir qualquer erro que possa nos prejudicar de alguma forma, em subir na vida independente de subir nas costas do outro para isso. Pois é, acreditam que querem legalizar o aborto?
Pois então, muitas mulheres acham que é um direito delas fazer o que bem entender com o seu corpo. Eu concordo. Cada um tem o direito de fazer o que bem entender com si mesmo. Mas a partir do momento em que há uma vida dentro de você, por mais que esteja no seu interior, ela já não é sua, é de um outro ser. E que direito tem alguém de interromper a vida do outro, se a sua própria foi dádiva de um ser supremo e não algo que adquiriu por si mesmo?
Aborto é crime, sim. É tirar a vida de um inocente que nem ao menos pode se defender. É crueldade, maldade.
No século em que vivemos a informação chega à maioria da população. Seja na escola, em casa, na rádio ou na TV, estamos sendo bombardeados a todo momento por informações sobre prevenção de gravidez indesejada e sobre DST (doenças sexualmente transmissíveis). As pessoas hoje que engravidam “sem querer” não podem nem culpar à falta de acesso a informação. É grande o número de adolescentes que ficam grávidas, e por terem pouca idade sabem que não possuem estrutura para criar um filho, nesse medo assombroso da responsabilidade elas tentam consertar um erro com outro.
É importante lembrar que manter relações sexuais é algo prazeroso, mas de uma grande importância. É algo que deve ser feito com responsabilidade.  Não à toa, sem se importar com o depois.
A coisa mais fácil a se fazer depois de ter caído na besteira de fazer sexo sem responsabilidade e acabar grávida é culpar o governo. Falar sobre o índice de mortes de mulheres que fazem o aborto clandestino, falar sobre a violência contra a mulher.  Ao meu ver, essas revoltas e a insistência em legalizar o aborto só é, na verdade, uma forma de responsabilizar qualquer outra pessoa pela sua irresponsabilidade. Cada um deve estar bem ciente que suas escolhas e ações poderão trazer conseqüências no futuro. Então, não adianta fingir que não é com você.  Só se colhe o que se planta. E se fizer sexo sem camisinha, ou sem usar outros métodos contraceptivos, poderá gerar uma vida. 
Claro que existem outras questões, como o estupro. Falar sobre o aborto é muito fácil, mas eu entendo como deve ser difícil estar na situação. Mas acredito que nada pode justificar à morte de um anjo.
Por isso, pense bem antes de sair por aí fazendo o que bem entende com si mesmo. Aproveite a vida, curta, mas tenha responsabilidade. 
Não é justo condenar um serzinho à não vida, por um erro seu, é?





(vídeo com imagens de abortos, muito triste)

6 comentários:

Inercya disse...

É um assunto bem delicado mesmo, até por que as opiniões sobre ele se divergem muito. Bem, por um lado eu concordo sim com o aborto. Por exemplo, meninas de 15 e 16 anos, que engravidam, além de não terem estrutura financeira para um filho, não tem estrutura psicologica para isso. E bem, a criança pode até nascer, mas vai ser num ambiente sem carinho, educação e aí as consequências de uma vida assim não serão boas. Mas enfim, eu concordo só por esse lado.
:*

Bruna disse...

Deve sim ser legalizado o aborto. Não sou a favor do ato, mas sim do direito de escolha dessas pessoas. Seria muito menos dolorido do que assistir no jornal crianças jogadas no lixo, com doenças. Além disso, essas pessoas que aderem o aborto são pessoas, geralmente, que não tem educação (ou até mesmo responsabilidade suficiente) para cuidar de crianças, o que só gerariam futuros marginais.

Anônimo disse...

Jéssica, concordo com seu posicionamento... O aborto é, sim, um crime contra a vida... Entretanto, como todo assunto com características complexas e polêmicas, não é possível simplificar demais a questão... Há muitos pontos passíveis de análise cuidadosa e extrema reflexão. Se colocasse neste espaço tudo o que já pesquisei sobre o assunto, o comentário se tornaria quase que um post. Por essa razão, limito-me apenas ao exposto e a ratificação do meu apoio ao seu ponto de vista. Abraço!

Celso Garcia disse...

Concordo. Cada um tem q assumir suas responsabilidades. Hj em dia a educação sexual é ensinada já nos primeiros anos da escola, há diversos métodos contraceptivos e boa parte deles é gratuita. Salvo raras exceções (estupro, por exemplo), a gravidez pode até ser indesejada, mas as pessoas q praticaram sexo sem proteção estão cientes do risco da gra idez - repito, salvo raras exceções. Independente do ponto de vista científico ou religioso, há que se ter responsabilidade pelos seus atos. Parabéns pelo ponto de vista. Celso.

HONORATO, Sandro. disse...

Hum...sei não,e se foi um caso tipo estupro? acho que essa é a única exceção que vejo >.<

Adorei o post.
Beijos
......................
RIMAS DO PRETO

Srtª Lu Conegero disse...

Bom, eu acho que é um pouco de hipocrisia dizer 'sou contra' ou 'sou a favor'.
Nós só temos ctz de algo, quando passamos pela situação. E uma menina ou até mesmo uma mulher ter uma gravidez indesejada é algo muito complicado.
Ninguém sabe os planos dessa mulher, se ela pretendia fazer algo que um filho talvez a impeça, pois, uma criança, requer cuidados.
Eu respeito a opinião de todos, só que acho sinceramente, que quando você está em situação de desespero, você toma atitudes, obviamente, desesperadas.
Talvez seja melhor um aborto, do que uma mulher que tem 8 filhos vivendo em condições subumanas! Eu sei que tem aquele papo de adoção, mas o Brasil é um pais onde a burocracia cansa as pessoas.
Enfim, acho que cada um tem o direito sobre seu corpo. A responsabilidade te ter feito é sim da mulher, mas a dor que ela levará pra vida toda, é o preço a ser pago.